tag:blogger.com,1999:blog-21741827260497748852024-03-13T14:38:59.195-07:00Palavrariapalavrariahttp://www.blogger.com/profile/12128503077743185613noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-2174182726049774885.post-83721918159239735662008-04-23T20:43:00.000-07:002008-04-23T21:16:41.242-07:00A dífiícil viagem da palavra da mente ao ao papelTirar um texto do projeto mental não é a coisa mais fácil para mim. Penso e repenso, avalio o que já escrevi e de repente me vejo apagando tudo, riscando e rabiscando aquilo que não gostei...<br />Quando mais nova, pensava que isso era um problema que jamais seria sanado, hoje tenho certeza de que não só não é um problema, como nunca será sanado, por que até os mais ilustres poetas realatam suas dificudades com a palavras rebeldes.<br />Para acalmar minha angústa retomo Carlos Drummond quando diz :" Gastei uma hora pensando em um verso /que a pena não quer escrever." e ainda aconselha: " Não forces o poema a desprender-se do limbo,/ não colhas do chão o poema que se perdeu" isso me leva a sensação mais nítida de que as palavras são fugidias e nunca conseguem e expor com exatidão a totalidade daquilo que se quer dizer, ou do sentimento que se quer transmitir...<br />Por isso é mais fácil falar....<br />Será?<br />Não me lembro de ter sido orientada com relação à minha fala, apenas repreendida: Você fala de mais!"<br />Mas, quando falar de mais é necessário e quando falar de menos se tornaria uma virtude? Como educar a minha fala?<br />Seria a minha fala também um texto a ser educado, tanto quanto o texto escrito que produzo de forma tão meticulosa?<br />O Poeta aconselha: "Penetra surdamente no mundo das palavras..." mas qual é a porta e qual é a chave? Não sei, só sei que o verso "está cá dentro /inquieto, vivo. /Ele está cá dentro /e não quer sair." (CDA)palavrariahttp://www.blogger.com/profile/12128503077743185613noreply@blogger.com2