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quarta-feira, 23 de abril de 2008

A dífiícil viagem da palavra da mente ao ao papel

Tirar um texto do projeto mental não é a coisa mais fácil para mim. Penso e repenso, avalio o que já escrevi e de repente me vejo apagando tudo, riscando e rabiscando aquilo que não gostei...
Quando mais nova, pensava que isso era um problema que jamais seria sanado, hoje tenho certeza de que não só não é um problema, como nunca será sanado, por que até os mais ilustres poetas realatam suas dificudades com a palavras rebeldes.
Para acalmar minha angústa retomo Carlos Drummond quando diz :" Gastei uma hora pensando em um verso /que a pena não quer escrever." e ainda aconselha: " Não forces o poema a desprender-se do limbo,/ não colhas do chão o poema que se perdeu" isso me leva a sensação mais nítida de que as palavras são fugidias e nunca conseguem e expor com exatidão a totalidade daquilo que se quer dizer, ou do sentimento que se quer transmitir...
Por isso é mais fácil falar....
Será?
Não me lembro de ter sido orientada com relação à minha fala, apenas repreendida: Você fala de mais!"
Mas, quando falar de mais é necessário e quando falar de menos se tornaria uma virtude? Como educar a minha fala?
Seria a minha fala também um texto a ser educado, tanto quanto o texto escrito que produzo de forma tão meticulosa?
O Poeta aconselha: "Penetra surdamente no mundo das palavras..." mas qual é a porta e qual é a chave? Não sei, só sei que o verso "está cá dentro /inquieto, vivo. /Ele está cá dentro /e não quer sair." (CDA)